Seminário reúne especialistas e dissemina ações sustentáveis na Defensoria Pública de Minas Gerais
O seminário “Sustentabilidade em Foco: Ações para um Futuro Verde na DPMG” trouxe gestores e especialistas do Executivo e do Legislativo à Defensoria Pública mineira para informar e sensibilizar servidoras, servidores, colaboradoras e colaboradores da Instituição quanto à importância da sustentabilidade no setor público e na sociedade em geral.
Promovido por meio da Escola Superior e da comissão gestora do Plano de Logística Sustentável da DPMG, o evento aconteceu nesta quarta-feira (16/7).
Ao abrir o seminário, o superintendente de Recursos Logísticos e Infraestrutura e presidente da comissão gestora do PLS, Emerson Varela Delgado, falou um pouco sobre as ações promovidas pelo Plano, os desafios enfrentados e a importância das atitudes individuais e engajamento para o alcance de resultados.
“Temos tido alguns resultados positivos e, também, desafios. Vamos repaginando, de acordo com as demandas e mudanças que surgem, como o aumento do quadro funcional e da infraestrutura. Estamos buscando o engajamento de vocês para trazermos um resultado positivo, não apenas para a Instituição, mas também em nível global”, destacou o superintendente.

Panorama
O subsecretário de Gestão Ambiental na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento de Minas Gerais (Semad), Diogo Soares de Melo Franco, abriu as exposições técnicas fornecendo um panorama climático, partindo do recorte global, passando pelo nacional e estadual.
Diogo Franco relacionou índices de IDH dos municípios mineiros ao índice de vulnerabilidade climática, que indica o grau de suscetibilidade dos efeitos adversos do clima, e destacou a importância da Defensoria Pública na defesa da justiça climática para a população em situação de vulnerabilidade.
Em 2014, existiam 444 municípios mineiros com grau alto, muito alto ou extremo de vulnerabilidade. Em 2024, o número subiu para 523.
Por fim, o subsecretário falou sobre o Plano Estadual de Ação Climática de Minas Gerais, salientando que a sustentabilidade é transversal e exige governança multinível, com o envolvimento e ações dos diversos órgãos.

Atitudes
Na sequência, a superintendente de Educação Ambiental e Fauna Doméstica da Semad, Patrícia Carvalho da Silva, abordou o papel do cidadão na preservação do meio ambiente.
“A nossa obrigação com o planeta é agora. Temos que assumir nossa missão de forma individual. Todas as nossas ações estão conectadas com o planeta. Não é preciso fazer tudo, mas todos podem fazer alguma coisa”, ressaltou a superintendente.
Ao pontuar que o setor público é responsável pelo consumo de grandes volumes de papel, energia, água e insumos diversos, Patrícia Carvalho enfatizou o papel do servidor público como agente de mudança.
“Atitudes conscientes no ambiente de trabalho impactam diretamente na construção de uma instituição mais sustentável, reduz custos, melhora a eficiência e promove a responsabilidade ambiental, um valor cada vez mais essencial na gestão pública contemporânea”, disse.

Cultura organizacional
A terceira e última atividade do evento foi a apresentação da “Gestão Pública sustentável: resultados e desafios da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)”, conduzida pela coordenadora do Comitê de Sustentabilidade da instituição, Maria Luiza Meinberg, e pela assessora da Diretoria de Infraestrutura, Ludmila Alves.
Elas apresentaram o histórico de ações de sustentabilidade desenvolvidas na ALMG e o envolvimento de toda a comunidade na prática de hábitos sustentáveis. As servidoras também ressaltaram a criação da Política de Sustentabilidade, do Comitê Gestor e do Plano de Ação de Sustentabilidade (PAS), semelhante ao PLS, na instituição.

Mesmo com diversos avanços na área, a coordenadora do comitê falou sobre os desafios enfrentados na área. “Parece que a gente fez muito, representamos muita coisa, mas também tivemos muitas dificuldades, uma delas é garantir a continuidade das ações e a estrutura de governança, pois as gestões mudam de dois em dois anos”, pontuou Maria Luiza.
Pensando justamente na questão de manutenção e perpetuação da sustentabilidade, um dos principais pontos abordados foi a necessidade de se construir uma cultura organizacional. Para Ludmila, esse nível de entendimento só pode ser atingido a partir do trabalho constante com os servidores, terceirizados e pessoas visitantes, sendo fundamental o apoio da alta gestão da instituição pública.
Por fim, a assessora ainda evidenciou a importância do papel de cada um e das pequenas ações na construção de uma sociedade mais sustentável. “As ações têm que partir de nós, pois somos representantes da cidadania e da justiça, elas vão refletir nas políticas públicas, no futuro de uma pequena comunidade, do Estado e no futuro do nosso país”, afirmou Ludmila.
Ao final do evento, o superintendente da SRLI, da DPMG, Emerson Delgado, agradeceu a participação de todos as defensoras e defensores públicos, servidoras e servidores, terceirizados, estagiárias e estagiários, e reafirmou o compromisso da Defensoria Pública com a sustentabilidade.

Clique para assistir na íntegra.
Alessandra Amaral e Davison Henrique – Jornalistas/DPMG.