Ao abrir o evento, a diretora da Esdep, Hellen Caires Teixeira Brandão, salientou que a Defensoria pública busca “uma educação mais consciente e um mundo mais sustentável, tanto para a Casa e seus defensores e servidores, quanto para nossos assistidos”. A diretora lembrou que a Defensoria Especializada do Consumidor recebe muitos casos de superendividamento e que o problema ocorre em todas as classes sociais.

Diretora da Esdep, Hellen Caires Teixeira Brandão
A defensora pública Sabrina Torres Lamaita Ielo, em atuação na Defensoria Especializada do Consumidor, ressaltou que o Dia do Consumidor está sendo desvirtuado e que a data está sendo usada como um incentivo ao consumo, quando deveria ser um dia de conscientização. “A palestra de hoje é muito apropriada e que a gente possa levar o conhecimento para nossos assistidos e familiares”, afirmou.

Defensora pública Sabrina Torres Lamaita Ielo
Em uma palestra dinâmica e interativa, permeada por exibições de vídeos, o instrutor de educação financeira, Rodrigo Fabiano de Almeida, abordou cinco pontos: nossa relação com o dinheiro, crédito e endividamento, consumo consciente, orçamento doméstico e, ainda, investimentos como seguros e previdência.
Rodrigo Almeida explicou que “nos últimos anos, os produtos financeiros se tornaram muito complexos, houve uma bancarização muito forte na população e a educação financeira não aconteceu com a mesma intensidade e força”. Segundo o instrutor, o endividamento se tornou um problema social no Brasil, com 40% da população endividada e, por isso, o Banco Central do Brasil tem produzido e apresentado produtos com viés educacional, com foco na disseminação das informações e da cultura de educação financeira.

Instrutor de educação financeira, Rodrigo Fabiano de Almeida
Ao propor uma reflexão sobre o que é o dinheiro, seu significado para cada um e para que serve, o instrutor enfatizou que uma das funções da educação financeira é retomar as rédeas da própria vida e não ser conduzido pelo consumo.
Rodrigo Almeida salientou que é preciso aprender a sonhar. “Sonhe alto, mas lembre-se que os sonhos devem ser factíveis e possíveis de serem realizados. Saiba onde você quer chegar e registre seus sonhos. É essencial transformar em projeto aquilo que está no campo das ideias”, afirmou.
Ao falar sobre crédito e consumo consciente, o instrutor sugeriu uma reflexão sobre os conceitos de necessidade e desejo e destacou a importância de se buscar o equilíbrio. “A educação financeira busca o ponto do meio, o meio do caminho entre a avareza e o esbanjamento. O objetivo é o bem-estar financeiro”.

O evento contou com a participação do chefe de Gabinete; assessores da Defensoria-Geral; defensores públicos e servidores
Rodrigo Almeida apresentou situações de compras realizadas à vista e a prazo, comparando custo total e juros de ambas. Destacou as vantagens do crédito quando usado com responsabilidade e sabedoria e forneceu informações sobre como sair do endividamento.
O instrutor ensinou a elaborar um orçamento doméstico, que deve ter quatro etapas: planejar (estimar receitas e despesas; registrar (anotar todas as receitas e despesas); agrupar (totalizar receitas e despesas); e, por último, avaliar (analisar e agir corretiva e preventivamente). Rodrigo Almeida ressaltou que “mais do que anotar receitas e despesas, o orçamento é um instrumento de planejamento”.
Finalizando, Rodrigo Almeida explicou a diferença entre os conceitos de poupar e investir e apresentou exemplos de investimentos ao longo do tempo. Ressaltou, ainda, a importância do tripé e da sua ordem adequada: ganhar, guardar e gastar.
Vídeo
Clique aqui para assistir a um dos vídeos exibidos durante a palestra: “A história das coisas”.
Portal da Cidadania Financeira
O Banco Central do Brasil disponibiliza um portal com informações sobre o tema.
Clique aqui para acessar.