Escola Superior da DPMG promove encontro para discutir estratégias para qualificação do acesso e garantia de direitos da População em Situação de Rua
A Escola Superior da Defensoria Pública de Minas Gerais (Esdep-MG) realizou, nesta quarta-feira (15/10), a formação “Reflexões e práticas: construindo estratégias para qualificação do acesso e garantia de direitos da população em situação de rua”.
O encontro, promovido no Auditório da DPMG, teve como objetivo debater as barreiras e os facilitadores no acesso dessa população às políticas públicas, além de promover oficinas práticas voltadas à construção de estratégias de cuidado e de garantia de direitos de um grupo historicamente vulnerabilizado.
A capacitação contou com a participação de pessoas com trajetória de vida nas ruas que hoje atuam como protagonistas em espaços de representação e defesa dessa população. Participaram da formação o conselheiro do CMAS/BH, membro da Frente Popular em Defesa das Pessoas em Situação de Rua e do Movimento Nacional da População de Rua (MNPR), Tarcísio Morais; a articuladora no Colaboratório Nacional PopRua/Fiocruz Brasília, redutora de danos e acadêmica em Serviço Social, Luadna Barbosa; a redutora de danos, educadora-par no Serviço Especializado em Abordagem Social e acadêmica em Serviço Social, Marcela Viana; a assistente social e técnica do Colaboratório Nacional PopRua/Fiocruz Brasília, Flávia Hércia; e a assistente social, sanitarista, pesquisadora e apoiadora técnica do Polo Belo Horizonte do Colaboratório Nacional PopRua, Priscilla Fraga.
Com papel estratégico no apoio institucional às políticas públicas, o Colaboratório Nacional PopRua tem como finalidade qualificar o atendimento às pessoas em situação de rua. A formação promovida pela DPMG buscou instrumentalizar servidoras e servidores da instituição, estimulando a reflexão sobre estratégias que ampliem o acesso dessa população à garantia de direitos.
Em sua fala, Priscilla Fraga apresentou estudos científicos sobre a caracterização da população em situação de rua no Brasil e em Belo Horizonte.

“O objetivo desses estudos é compreender melhor o público sobre o qual estamos falando”, afirmou.
Na sequência, os debates abordaram as principais barreiras enfrentadas por essa população para acessar políticas públicas de forma efetiva. No segundo momento, durante a oficina, os participantes foram divididos em grupos para discutir casos hipotéticos que retratavam a realidade das pessoas em situação de rua.
“Foi um exercício de empatia, de se colocar no lugar do outro, de sensibilizar a partir da realidade. Os participantes construíram projetos a partir das histórias — muitas delas inspiradas em situações reais que vivenciamos no cotidiano. Foi uma experiência enriquecedora observar o envolvimento de todos na elaboração de estratégias voltadas tanto ao atendimento individual quanto a intervenções estruturais nas políticas públicas”, destacou Priscilla Fraga ao encerrar sua fala.













Mateus Felipe – Jornalista/DPMG