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Defensoria Pública de Minas e Instituto de Ciências Penais promovem reflexão sobre prevenção à criminalidade para jovens


Por Ascom em 24 de abril de 2019

Caminhos preventivos à entrada de jovens em atos infracionais foram debatidos na Defensoria Pública de Minas Gerais (DPMG) durante o primeiro encontro do projeto “Diálogos ICP” realizado na terça-feira (23/4). O evento foi promovido pelo Instituto de Ciências Penais (ICP), em parceria com a DPMG, por meio da sua Escola Superior (Esdep MG), e teve como objetivo fomentar debates interdisciplinares sobre temas que afligem a sociedade atual.

Compuseram o dispositivo da abertura do projeto a coordenadora da Esdep MG, Eden Mattar; o secretário de Estado adjunto de Administração Prisional, Gustavo Henrique Wykrota Tostes; a coordenadora da Defensoria Especializada de Infância e Juventude – Cível (DEINJ-Cível), Daniele Bellettato Nesrala; e o presidente do ICP, Gustavo Henrique de Souza e Silva

Ao abrir o encontro, o presidente do ICP, Gustavo Henrique de Souza e Silva, agradeceu a parceria com a Defensoria Pública e destacou a importância do trabalho e do diálogo interdisciplinar para a construção de um mundo melhor.

Presidente do ICP, Gustavo Henrique

Representando o defensor público-geral de Minas Gerais, Gério Patrocínio Soares, a coordenadora da Esdep MG, defensora pública Eden Mattar, agradeceu as presenças e a oportunidade de cooperação com o ICP para a promoção do evento.

A defensora pública também ressaltou o trabalho desenvolvido pela Defensoria Pública de Minas Gerais. “Conhecemos a vulnerabilidade, tanto econômica, quanto social, dos indivíduos que procuram a Defensoria Pública, uma Instituição que, utilizando mecanismos jurídicos e extrajudiciais, junto com o amor, tem o papel de transformar a situação social e melhorar a vida das pessoas”, afirmou Eden Mattar.

Coordenadora da Esdep MG, Eden Mattar

A importância da educação foi enfatizada pela coordenadora da Defensoria Especializada de Infância e Juventude – Cível (DEINJ-Cível), Daniele Bellettato Nesrala, ao destacar que estudos comprovam que investimentos na área feitos nos primeiros anos refletem no futuro, sendo percebidos na melhoria dos índices de educação, saúde e diminuição da criminalidade. A coordenadora frisou que, nos dias atuais, a criança e o adolescente não são mais objetos, mas sim, sujeitos de direito. Daniele Bellettato ressaltou, ainda, a importância de ouvi-los.

Coordenadora da DEINJ-Cível, Daniele Bellettato

O secretário de Estado adjunto de Administração Prisional, Gustavo Henrique Wykrota Tostes, destacou o interesse do Estado em políticas sociais e a necessidade de atenção para a área da infância e juventude.

Secretário de Estado adjunto de Administração Prisional, Gustavo Henrique Wykrota Tostes

Reflexão

“Infância e adolescência em vulnerabilidade: a história não contada” foi o tema debatido. O assunto foi escolhido para estimular a discussão sobre como o acesso à escola, cultura e esporte, por exemplo, pode ter um viés preventivo eficiente à entrada de jovens no caminho dos atos infracionais.

Esta edição teve como referência o livro “Conte Sua História: A vida de crianças e adolescentes institucionalizados em Minas Gerais”, editado pela Coordenadoria da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A obra relata histórias de sucesso de resgate de jovens em situação de vulnerabilidade que tiveram oportunidades de construírem vivências de superação.

Debatedores: jornalista Cristiane Leite; médico Charles Simão; enfermeiro Welbert Cleiton; repórter cinematográfico Saulo Luiz; e a psicóloga judicial Rosilene Miranda

O debate foi intermediado pela jornalista Cristiane Leite, uma das participantes da obra editada pelo Tribunal de Justiça.

Foi apresentada a trajetória de Welbert Cleiton, que viveu a adolescência em situação de vulnerabilidade, foi apadrinhado pelo médico Charles Simão e hoje é enfermeiro-chefe no Hospital Santa Casa.

A importância de se apresentar oportunidades e da migração do viés materialista para a orientação da ajuda social foram lembradas pelo médico Charles Simão.

O enfermeiro Welbert Cleiton contou sua história de vida e a alteração de sua percepção própria de valor. Falou sobre sua comunhão com o médico e o resgate de sua origem, com a retomada da convivência com a mãe. Welbert Cleiton hoje é casado e pai de um menino.

Participaram também do bate-papo a psicóloga judicial Rosilene Miranda, uma das organizadoras da edição do livro, e o repórter cinematográfico Saulo Luiz, que possui projeto de acesso ao esporte a jovens em situação de vulnerabilidade social.

O evento contou com a exposição de fotografias “Um Olhar sobre o Cárcere”, de autoria de Joanna Macedo.

Estiveram presentes no encontro defensores públicos, operadores do Direito, profissionais de saúde e pedagogia, professores, acadêmicos e estagiários.

Também estavam presentes a ex-defensora pública-geral de Minas Gerais, Christiane Neves Procópio Malard; o diretor do ICP, Henrique Nogueira Macedo; e representante do Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente de Ato Infracional (CIA-BH).

A iniciativa contou com o apoio do Bancorbrás. Foram sorteados três brindes entre os participantes.

Fonte: Ascom/DPMG



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